As mulheres em destaque no 45º Festival de Cinema de Gramado

“Como Nossos Pais”, dirigido por Laís Bodanzky

O 45º Festival de Cinema de Gramado, que ocorre entre os dias 17 e 26 de agosto, na Serra Gaúcha, tem como um dos destaques de sua programação o protagonismo das mulheres na produção audiovisual. Na seleção competitiva de longas-metragens brasileiros, elas ocupam o posto de direção em quatro das sete obras que concorrem aos Kikitos.

Ao todo, nas mostras competitivas, concorrem 12 filmes que são dirigidos por mulheres. Na produção nacional Como Nossos Pais, a diretora Laís Bodanzky trabalha no enredo a temática da posição da mulher na sociedade. O filme foca em Rosa (Maria Ribeiro) uma mulher que quer ser perfeita em todas suas obrigações e precisa responder às distintas visões geracionais sobre o lugar da mulher.

Homenageadas do Festival de Gramado 2017

As homenageadas Dira Paes e Soledad Villamil

O prêmio mais tradicional do festival, o Troféu Oscarito, será entregue à atriz Dira Paes, com mais de 30 anos de carreira, premiada como melhor atriz coadjuvante em 2003 com o longa Noite de São João, além de vencer na categoria melhor atriz pelo curta Ribeirinhos do Asfalto, em 2011.

Já o Kikito de Cristal, dedicado a grandes personalidades do cinema latino-americano, será entregue para a atriz argentina Soledad Villamil, do premiado e célebre longa argentino O Segredo dos Seus Olhos, vencedor do Oscar de filme estrangeiro, em 2010. Na última edição, esta condecoração foi entregue à sua conterrânea Cecilia Roth, a primeira mulher a receber a honraria.

Gênero e diversidade nos curtas

A mostra de curtas-metragens brasileiros, além de várias produções dirigidas por mulheres, também vai provocar reflexão sobre esse universo em três produções que, embora dirigidas por homens (um deles, transexual), abordam pontos de vista femininos. Tailor, de Calí dos Anjos, é um documentário animado sobre um cartunista transgênero, integralmente feito por pessoas trans. A Gis, de Thiago Carvalhaes, que documenta a vida da transexual Gisberta Salce, brutalmente assassinada em Portugal, no ano de 2006. Já  em Cabelo Bom, a realizadora Swahili Vidal enquadra a questão de gênero e raça ao tratar sobre as pressões estéticas a que estão submetidas as mulheres negras.

Confira AQUI a lista completa dos filmes em competição

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