Resenha: Homem-Formiga

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Luiz Paulo Teló

Ao mesmo tempo que é super legal acompanhar a expansão do universo cinematográfico da Marvel, agregando elementos e referências a cada novo filme, é também uma imensa de uma chatice para o espectador que não acompanha fielmente este nicho, assistir a um ou outro filme da Marvel. Talvez esse seja o caso de Homem-Formiga, dirigido Peyton Reed.  É um bom entretenimento, mas tem seu valor substancialmente diminuído como obra isolada.

Tendo o carismático Paul Rudd como protagonista, o longa tem, claro, suas qualidades. Ele é quase um filme de origem – e isso deve ser utilizado pela Marvel nos próximos anos. Mas por quê quase? Pois ele conta a história de como Scott Lang (Rudd), um habilidoso assaltante e ex-presidiário, assume o traje do Homem-Formiga, inventado e utilizado em tempos passados por Hank Pym (Michael Douglas). Ao longo da trama, através de diálogos e alguns flashbacks passamos a conhecer parte do passado de Pym.

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Homem-Formiga, além de ser esse quase filme de origem, também mistura elementos de ação e aventura característicos em adaptações de super-heróis e, uma novidade até aqui no universo da Marvel, se torna essencialmente um filme de assalto. Afinal, a missão principal do herói é roubar um traje semelhante ao seu, que está prestes a cair em mãos erradas. Assim conhecemos o vilão Darren Cross (Corey Stoll em papel cheio de clichês).

O filme funciona de forma regular, sem apresentar graves problemas, mas com poucos momentos marcantes. A narrativa é satisfatória, apresentando soluções plausíveis dentro daquele universo. As cenas de ação são interessantes, principalmente quando Scott Lang já está habituado com o traje e consegue aumentar e diminuir seu tamanho em meio ao combate.  Assim como o tom bem humorado, que é um acerto ao longo dos 117 minutos de filme.

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Michael Douglas e Paul Rudd mostraram bom entrosamento em cena.

Contudo, deixam a desejar o núcleo melodramático do longa. Pouco agrega ao desenvolvimento da trama a forma como é abordado o relacionamento entre Pym e sua filha Hope (Evangeline Lilly) e Scott com sua ex-esposa, da mesma forma com sua filha. Por questões assim é que fica a sensação de que não era a intenção que fosse Homem-Formiga um grande filme. É um rito de passagem, um degrau para chegarmos ao próximo filme de Capitão América.

O saldo final é que estão lá várias referências, bastante fan service e uma nova janela bem mais interessante que as óbvias em relação ao futuro dos heróis já estabelecidos. Michael Douglas ficou muito bem no papel de Hank Pym, e a possibilidade de explorar o passado desse personagem, que embora tenha lá sua importância nas HQs (é o fundador original do grupo dos Vingadores) sempre foi considerado de segunda linha na Marvel, é um caminho interessante a ser analisado pelo estúdio.

Cotação: 7

Ficha Técnica

Gênero: Ação
Duração:  117 min.
Origem: EUA
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Adam McKay, Edgar Wright, Joe Cornish, Paul Rudd
Distribuidora:  Walt Disney Pictures
Estúdio: Big Talk Productions / Marvel Enterprises / Marvel Studios
Censura: 12 anos
Ano: 2015

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