Resenha | O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Natalia Reyes, Mackenzie Davis e Linda Hamilton retornando como Sarah Connor em “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”.

João Rosa

Praia paradisíaca, clima de férias e paz no ar. Após os eventos de muita adrenalina vividos por Sarah e John Connor, mãe e filho desfrutam de uma vida até então desconhecida pelos dois. Ela ficara durante anos internada numa clínica psiquiátrica, afinal, jurava que no ano de 1997 a raça humana seria extinta por robôs no chamado “Dia do Julgamento Final”. Após ser resgatada pelo próprio filho e por uma espécie de exterminador do mesmo modelo que anos antes tentava liquidá-la, o trio viveu uma saga implacável que só tinha um único propósito: salvar John Connor, que no futuro, será o líder da resistência humana.

A primeira cena de O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, de Tim Miller (Deadpool), continuação direta dos acontecimentos vistos em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991), empolga. Afinal, assistimos na tela os principais personagens de um dos melhores filmes de ação e ficção científica de todos os tempos reunidos com as aparências do passado. Arnold Schwarzenegger (O Exterminador), Linda Hamilton (Sarah) e Edward Furlong (John) aparecem na telona com a mesma fisionomia do início dos anos 1990, o que é culpa de uma incrível computação gráfica, que recriou os atores com as mesmas idades vividas no segundo filme, do aclamado diretor James Cameron.

Cameron que volta ao filme, agora como produtor, mas deixando visíveis os seus diversos dedos no longa. No entanto, a história desta vez é outra. Dani Ramos, interpretada pela atriz colombiana Natalia Reyes, precisa fugir a qualquer custo de um ciborgue que não poupa óbitos na sua frente. Se na década retrasada o vilão da vez era o implacável T-1000, brilhantemente interpretado e imortalizado por Robert Patrick, desta vez o jovem ator Gabriel Luna dá vida ao personagem que de corpos em corpos ruma atrás da protagonista. Uma atuação convincente, mas não tão marcante quanto a do veterano intérprete.

Mas Dani, funcionária de uma fábrica de automóveis, não está sozinha. Grace, personagem de Mackenzie Davis, com o seu belo porte atlético, meio humana, meio “aprimorada”, mostra-se determinada em salvá-la, já que no futuro, a atualmente indefesa jovem a ordenou para tal missão. E há também uma Sarah Connor envelhecida e amargurada, carregada de marcas de tempo em seu rosto, que mesmo após um grande trauma, não consegue parar de caçar exterminadores. Destino Sombrio, já nos primeiros 20 minutos, está tomado e liderado por três protagonistas femininas. Um início arrasador para a sequência que já é melhor que os três últimos esquecíveis longas.

Com pouco mais de duas horas de duração, cheio de referências e com cenas de ações tão impecáveis quanto o primoroso filme de Cameron no início dos anos 90, o sexto filme da franquia agora é dominado pelas mulheres, que juntas carregam missões para salvar a humanidade de um colapso. O longa, muito bem desenrolado e com uma fotografia realmente sombria, é capaz de entreter tão bem quanto os dois primeiros da saga, hoje clássicos eternizados do cinema.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio Estreia 31/10/2019

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