‘Saneamento Básico’ no Festival de Cinema Acessível

A Sala Paulo Amorim da Casa de Cultura Mário Quintana dá seguimento, nesta sexta-feira, 22, ao Festival de Cinema Acessível, uma iniciativa do estúdio Som da Luz, empresa especializada em audiodescrição, com o apoio do Ministério da Cultura e do Banrisul, para levar obras cinematográficas importantes a pessoas com deficiência. Os filmes selecionados para o Festival receberam audiodescrição, janelas com tradução de libras e legendas com transcrição de elementos não-verbais e sonoros.

Nesta segunda sessão, o público poderá assistir ao longa Saneamento Básico – O Filme, do cineasta Jorge Furtado. As sessões ocorrem a cada 15 dias, sempre na Sala Paulo Amorim e sempre nas sextas-feiras, às 19h30. A entrada é franca e as reservas podem ser feitas pelo email: festivalcinemaacessivel@gmail.com

O Festival de Cinema Acessível teve início no dia 8 de maio, com a exibição de O Homem de Copiava, também de Furtado. Estão marcadas outras duas sessões: O Tempo e o Vento, de Jayme Monjardim, no dia 5 de junho, e 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira, no dia 19 de junho.

O processo

A audiodescrição dos filmes selecionados foi feita em mais de mil horas no Estúdio Som da Luz. O processo incluiu roteirização, interpretação e edição para a correta inserção da audiodescrição sem modificar a fluência do filme. Para o Festival de Cinema Acessível, o objetivo é descrever todas as informações básicas para o entendimento do filme que não estão inclusas nos diálogos. Tudo com a supervisão de um consultor cego que atesta o entendimento do roteiro e da narração.

O trabalho de inserção de LIBRAS contou com a consultoria da Desenvolver, empresa também dedicada à inclusão. A tradução para LIBRAS pode ser feita apenas para as falas dos personagens ou estender-se para a interpretação de outros detalhes musicais e sonoros. Em alguns casos foram necessários mais de um intérprete para traduzir efetivamente a emoção contida nos filmes selecionados para o Festival de Cinema Acessível.

Talvez o recurso de acessibilidade audiovisual mais conhecido seja a subtitulação. Apesar de termos o Close Caption ao alcance do dedo na TV há mais de uma década, o que poucos de nós sabemos é que o processo requer três profissionais. A inserção de legendas que inclui a transcrição de elementos não-verbais e sonoros feita para o Festival de Cinema Acessível demanda um profissional transcritor, que faz tudo segundo normas da ABNT, um revisor e um editor de imagem, que é quem irá de fato sincronizar legendas e vídeo.

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