Soledad Villamil recebe troféu Kikito de Cristal no Festival de Cinema de Gramado

A atriz argentina homenageada com o Kikito de Cristal, Soledad Villamil, recebe os aplausos da curadora Eva Piwowarski (foto: Diego Vara)

Prêmio destinado aos expoentes do cinema latino-americano, o troféu Kikito de Cristal do 45° Festival de Cinema de Gramado foi entregue à atriz e cantora argentina Soledad Villamil. A cerimônia ocorreu na última quinta-feira, 24, quando a triz cumpriu uma intensa agenda como uma das homenageadas do festival em 2017.

Durante a tarde, além de coletiva de imprensa, a atriz deu seguimento à tradição, dando início à feitura artesanal do troféu que será entregue ao homenageado do ano que vem. À noite, Soledad recebeu a estatueta no Palácio dos Festivais – Kikito que teve o sopro inicial dado por sua conterrânea, Cecilia Roth, em 2016. Outros nomes como Juan José Campanela, Ruy Guerra e Eduardo Coutinho já foram homenageados com tal prêmio.

Soledad Villamil iniciou a carreira nos anos 90, já tendo atuado em 10 filmes, 11 peças de teatro e nove séries televisivas. Como cantora, já gravou seis discos, todos dedicados ao folclore e cancioneiro argentino. Atualmente, participa de dois projetos audiovisuais que estão em pós-produção, incluindo o mais novo longa-metragem do diretor gaúcho Paulo Nascimento. Dirigida por Juan José Campanellace ao lado do icônico ator Ricardo Darín, ela protagonizou o oscarizado O Segredo de Seus Olhos (2009), além do longa-metragem O Mesmo Amor, a Mesma Chuva (1999), que são considerados os filmes mais marcantes de sua trajetória.

Emoção e discurso firme na entrega do prêmio

A atriz emocinou-se ao ser aplaudida de pé por um Palácio dos Festivais repleto e também ao ouvir, no telão, depoimentos de amigos e colegas como Paulo Nascimento, Edson Celulari e Ricardo Darín. “Fiquei muito feliz quando recebi a notícia dessa homenagem, mas o que está acontecendo supera qualquer expectativa que eu pudesse ter antes de vir”, disse.

Militante do cinema latino-americano, ela se uniu ao discurso de várias personalidades presentes no Festival de Cinema de Gramado, e reivindicou maior espaço para as produções regionais. “Se não pudermos contar nossas próprias histórias, o que vai nos restar?”, questionou. A triz também lembrou sobre a importância de lutar por uma maior participação feminina nas produções. “Apenas 20% dos filmes no mundo são dirigidos por mulheres, é um terreno em que há muito para percorrer ainda”, completou.

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