Lucas Krug, o teatro e a persistência

Foto: Lisa Roos

Foto: Lisa Roos

Luiz Paulo Teló

No Brasil, viver da arte, de uma forma geral, não é nada fácil. Viver do teatro, sobretudo, é bem complicado. Para Lucas Krug teria sido mais difícil não fosse a sua persistência e a certeza que o trabalho de qualidade e o estudo acabam, inevitavelmente, dando resultado.

Natural de Estância Velha, filho de mãe professora e pai bancário, Lucas começou cedo a tocar violão e a brincar de ser ator. Desde que se lembra, nunca pensou em ter outra profissão. O curioso é que na família, o contato mais próximo que teve com as artes foi através do gosto da mãe pela música e pelo teatro amador na adolescência. Ou das histórias do irmão de um avô, que foi músico, ou de um tataravô ginasta que veio para o Brasil fugido da guerra, vestido de mulher em um circo.

Lucas Krug também gosta de assumir personagens. Foi assim que, em 2009, tornou-se famoso ao lado de Cris Pereira, com o espetáculo Primeiro as Damas, quando consagrou seus três personagens mais famosos (Frederico Alberto, Gaudério Fagundes e Seu Cucar). Tem sido assim, desde o seis anos, desde a escola. Foi assim com o Frederico Alberto, durante dois anos na Escolinha do Gugu, na rede Record. Foi assim recentemente no Prêmio Multishow de Humor, do qual foi semifinalista. Continua sendo assim no seu tão querido teatro infantil, que continua fazendo, ao lado da esposa Daiane Oliveira, na Companhia de Teatro Menino Tambor, e que nunca deixou de fazer e que tanta estrada lhe deu nesses 35 anos de vida – tantos deles dedicados ao fazer teatro.

Desta vez, quem conta um pouco de sua história é o ator, músico e comediante Lucas Krug. Uma conversa sobre a carreira, sobre oportunidades e sobre persistência.

Culturíssima: Você se descobriu primeiro ator ou comediante?

Lucas Krug: Eu me considero ator. Tenho uma ligação com o teatro muito forte. E a coisa da graça, ela pintou naturalmente. Não foi uma coisa perseguida de: ah, vou fazer comédia, vou fazer stand up. Não, eu venho do teatro, a minha vivência é toda teatral. Aí no meio, a minha “persona” tem essa vibe da graça. Fiz muito espetáculo infantil durante muito tempo da minha vida. Ali tu tem essa interação com as crianças, e sempre rolou pro lado do humor. Até chegar essa parada do Primeiro as Damas, com essa ideia de fazer diretamente o humorístico, mas sempre com as bases do teatro junto comigo. Adoro fazer o que faço, adoro fazer rir, mas gosto também de me exercitar do outro lado, até como reciclagem.

Culturíssima: Quando se deu conta que a sua profissão seria a de ser ator?

Lucas Krug: Cara, desde sempre. Eu toco desde pequeno também, e lembro que minhas brincadeiras sempre envolviam tocar algo, tocar em panela, ou brincar de teatro mesmo. Sempre tive essa coisa. Tinha uma época em que a gente brincava no recreio da escola de pirata, e quando batia pro recreio eu ia no banheiro e vestia o meu figurino de pirata. Na escola sempre tinha alguma atividade que eu pudesse enfiar a história do teatro. Comecei a tocar com 4 anos de idade. A minha primeira experiência com teatro foi com 6. Eu sempre tive essa certeza: é isso que eu quero fazer. Meu pais sempre me deram total força, total apoio. “É isso que tu é afim? Então vamos atrás disso, vamos estudar, fazer coisas”. E minha grande escola é a estrada, estar cada dia em um lugar, com condições diferentes. Hoje estou de novo com teatro infantil, através da Companhia de Teatro Menino Tambor, que é minha e da Daiane Oliveira [esposa]. Na verdade, nunca me desliguei total do teatro infantil, mas nesse período de boom que foi o Primeiro as Damas tinha várias coisas que eu estava fazendo e tive que me afastar por não ter tempo. Agora com a história de fundarmos a Menino Tambor, o teatro infantil vem com mais força. Inclusive a Dai fundou um movimento de valorização do teatro infantil, através desse desejo de que as pessoas entendam como arte igual, porque às vezes se tem uma conotação errada, como se você não precisasse ter responsabilidades artísticas pelo fato de fazer teatro para criança. Não! A gente está aí brigando, mostrando que é possível ter um trabalho voltado para as crianças com toda a função educacional, mas tendo arte ali, respeitando uma linguagem, tendo pesquisa, tendo laboratório, trabalhando com diferentes referências artísticas, com música, enfim… Teatro infantil é tão rico quanto e, na nossa opinião, é o primeiro passo para a pessoa se tornar um espectador de teatro. Ali que tu está formando a cabecinha daquela criança. O sul tem uma reputação muito legal lá fora, pela qualidade do nosso teatro infantil. Mas eu dei uma volta toda pra falar isso [risos]. Então, eu viajava muito, todos os dias, mais de uma sessão por dia. Em uma semana, eu passava pelo teatro mais bem equipado do estado até o corredor da escola de bairro. É muito louco essa coisa da versatilidade do espaço, porque isso vai te dando jogo de cintura. Tu aprende a levar a arte para as pessoas independente de o local estar adequado ou não. Acho isso muito legal.

No espetáculo "O Gato de Botas". Foto: Carla Guimarãens

No espetáculo “O Gato de Botas”. Foto: Carla Guimarães

Culturíssima: Como é fazer um espetáculo para um público infantil mais distante, dentro de um teatro maior, e ter esse contato próximo, em lugares mais humildes, que muitas vezes nem um palco têm?

Lucas: A gente tem conseguido viajar com uma estrutura bem legal. O Gato de Botas, por exemplo, é um musical em que a trilha não é gravada, é executava ao vivo, e a gente tem viajado o estado todo com essa mesma estrutura. Independente de fazer no ginásio ou no teatro, mesmo não tendo palco, a magia acontece igual. O que eu sinto, às vezes, é uma fome maior do espectador. O espectador que está mais habituado ele curte, ele gosta, se encanta, mas para aquela criança que é mais raro de ter essa oportunidade, ela fica ali totalmente aberta, querendo trocar energia. A principal diferença é essa. O meu trabalho ele não pode ser diferente, por isso eu estudo, faço arte para conseguir levar ela independente do local. Às vezes as pessoas que não têm o ambiente propício para receber isso, dão mais valor: “Poxa, que legal que tem isso pra gente. Então vamos lá, vamos curtir”, entende? É nesse sentido que me dá uma impressão de mais fome, do aprender, do apreciar. É muito louco isso, de fazer o espetáculo e depois ouvir “é a primeira vez que assisto a uma peça de teatro, que legal que trouxeram pra nossa cidade”. Pra mim, é o que paga essa vida tão surrada que o artista no Brasil tem.

Culturíssima: Agora estando à frente de uma companhia de teatro, como está sendo a experiência de produzir e batalhar espaço dentro do mercado?

Lucas: Vou te dizer uma coisa: sem trabalhar pra caramba, ninguém faz nada em nenhum setor. Independente do que tu faça, tu tem que trabalhar pra caramba para que a coisa aconteça. Acho que é persistência a palavra. Nunca achar que tu está pronto, sempre procurando estudar mais, e persistência, persistência. Hoje, na nossa companhia, eu e a Dai nos produzimos. Já tive experiência de trabalhar com produtores, mas às vezes me dá a impressão de quê aquele ditado é muito certo: o que engorda o porco são os olhos do dono. Tu tem uma pessoa que trabalha contigo, é teu produtor, mas ao mesmo tempo tu tem o teu envolvimento. A gente trabalha muito mais produzindo, porque não estou só ator. Estou ator ali, durante o espetáculo, mas no pré tem toda uma parte de logística, de organização, uma parte de gerar toda aquela estrutura para aquelas pessoas. Não chega a ser bem uma cooperativa, porque as pessoas são convidadas, o embrião mesmo é eu e a Daiane, então a galera chega ali com a coisa já arrumada pra incluir o seu trabalho. O Brasil é muito carente de produtor. O produtor cultural é um cara que está em extinção. Ele não é só o cara vendedor, ou o cara que cuida da parte burocrática, é um misto de tudo, e noto que são poucos, e esses poucos estão sobrecarregados. Tu conta nos dedos quem trabalha com produção cultural. Não é fácil, mas acho que também não é difícil, pra mim tudo é investir na tua qualidade, te aperfeiçoar, estudar. Tem coisas que viram fenômenos, que a mídia aponta e diz “olha que legal”, são coisas que acontecem mais rápido, mas se tu tiver um trabalho de qualidade, com compromisso, acho inevitável ter exito.

Culturíssim: Você e o Cris Pereira explodiram com o Primeiro as Damas em 2009, não só aqui no RS, mas nacionalmente por conta da internet. Como foi aquele momento?

Lucas: Muita gente pensa que eu comecei ali. Não, eu já vinha com um trabalho de “cadelear” há muito tempo, ralando e estudando, e aquilo ali foi uma felicidade que a gente teve. Tu nunca monta nada pensando que vai dar errado, sempre acha que vai funcionar, mas a história do quanto funcionou e a rapidez com que funcionou, pegou a gente de surpresa. A gente também tomou um susto. A gente estreou ele em final de outubro de 2008, foi a primeira aparição no teatro depois de um, digamos, laboratório de nove meses dentro de um bar, criando toda a parada. Ok, estamos com um material legal, agora vamos jogar no teatro. Jogamos no final de outubro e gravamos um DVD dessa primeira experiência. A gente começou a circular mesmo em janeiro de 2009. O primeiro show que fizemos em Novo Hamburgo, acho que tinha 58 pessoas. Voltamos seis meses depois com mil e trezentas. Então foi uma coisa muito rápida, o DVD começou a ser disseminado pelo comércio informal e a galera começou a comprar. A ideia de colocar no youtube não foi para conseguir milhões de acesso, foi pra divulgar o material, para no caso de fazer uma venda do espetáculo. Mas a galera abraçou. Agradeço muito a história da internet e, não digo a pirataria, mas o fácil acesso. Era muito doido, porque chegávamos na cidade e era como se a galera já tivesse nos assistido mil vezes, tinha um intimidade. Foi uma experiência maravilhosa, naquele momento a nossa estrela brilhou. Mas só brilhou porque tinha um trabalho ali, tinha qualidade e até hoje, o projeto não existe mais, mas as pessoas têm muito vivos os personagens. As pessoas me param na rua, falando sobre o DVD. E a gente parou com o Primeiro as Damas em janeiro de 2012 para seguirmos nossas carreiras.

Culturíssima: Por que essa ideia de gravar o DVD logo de cara?

Lucas: Foi na estreia, tipo assim: vamos gravar como portfólio e também para nos analisarmos. A direção do projeto era coletiva. As minhas coisas eu criava e me dirigia, as coisas do Cris ele criava e dirigia. Foi um test drive filmado, tanto que tinham coisas ali que estavam muito no embrião, mas a galera já comprou a ideia. Acho que foi consciente, mas não tão consciente. Depois a gente gravou mais um, que muita gente pensou que era a continuação, mas era o mesmo espetáculo, só que com uma carreira, já com uma estrada.

Culturíssima: E a decisão de encerrar o projeto?

Lucas: Foi muito numa boa. Muita gente vem me perguntar “ah, o que houve, brigaram?”. Não tem nada disso. Foi uma casualidade natural. A gente na verdade desfez a sociedade que tínhamos. Éramos três: eu, Cris Pereira e a produção. Desfizemos essa sociedade, mas a ideia ainda era continuar a parceria, só que aí eu estava na Record, em São Paulo, o Cris estava com uns projetos de cinema… Foi super natural, meio que o mundo fez cada um ir para um lado. Algumas pessoas perguntam quando vai voltar. Acho que não tem porquê voltar, cada um está com o seu trabalho.

Culturíssima: E como foi essa experiência de fazer a Escolinha do Gugu?

Lucas: Foi um negócio muito maluco. Na época eles estavam voltando com o quadro da Escolinha, dentro do programa do Gugu, e eles estavam também pesquisando novos humoristas, novos personagens pela internet e aí chegaram até o meu material. Me ligaram dizendo que eram da produção da Record e convidaram para fazer uma participação, que todos os domingos eles estavam levando comediantes convidados. Mas não tinha nenhum compromisso, não era um teste. Fui lá, gravei. Se gravava durante a semana, na quarta-feira e o programa ia ao ar no domingo, às 4h da tarde. Quando o programa acabou, tocou o meu telefone e era o produtor de elenco, que disse: “Olha só, velho, tem como estar aqui amanhã? A gente quer bater um papo contigo e já traz o figurino também”. Tá, beleza. Daí fui pra essa conversa e acabei gravando, porque um dos atores não foi. Ele é até falecido hoje, o Marcos Plonka, que fazia o Samuel Blaustein. Gravei e eles vieram me propor um contrato, dizendo que a participação tinha sido super legal, com o elenco inteiro estava pedindo para me colocar fixo. Pra mim foi um super presente, estar dividindo a cena com os caras que eu assistia com 9 anos de idade na Escolinha do Professor Raimundo. Além de estar em uma rede grande, com o trabalho nacionalmente conhecido, estar com um personagem meu lá, e fora do país, porque a Record Internacional, tu não faz ideia como se expande. E a Record lá pra cima é muito forte, o Frederico foi abraçado pelo público, a galera curtiu e comprou a história do personagem. Só não consegui estar com meu show lá, nessa época.

Culturíssima: Tentou?

Lucas: Cara, não tinha nem tempo. Acabou não rolando, era muita coisa. E outra, aquilo é um bagulho muito grande, São Paulo é gigante, o Rio é gigante. Ao mesmo tempo que tu está ali colocando a tua carinha nacionalmente, todo o domingo, na casa das pessoas, tu tem que ter toda uma estrutura. Na época não consegui ter essa estrutura lá. Mas foram dois anos maravilhosos, até hoje o Frederico é um personagem que reverbera muito. Dos três personagens meus no Primeiro as Damas, não digo que ele seria o último, mas ele estava mais quietinho, e com a história da Record deu um boom.

Culturíssima: Surgiram outros convites para televisão?

Lucas: Como eu te disse, aquele é um mercado muito grande, com muito trabalho mas também com muito artista trabalhando. As pessoas perguntavam se eu não estava morando em São Paulo. Não estava, as gravações eram durante a semana. Quando começou a ser ao vivo, no domingo, eu ia de manhã e voltava à noite. Oportunidades fechadas, fechadas, não apareceram, senão estava lá. Mas teve a história do Prêmio Multishow de Humor, que os caras vieram até mim, convidando para participar. Hoje o Multishow é o canal que mais investe em humor no Brasil. Da programação deles, acho que uns 60% são humorísticos. É umo porta para eu dizer “oi pessoal, estou aí”. O Frederico já estava aí, mas acabam sendo nichos diferentes. Eu não gosto de falar muito sobre o que não é certo, mas as águas estão rolando, estou bem contente com o que está acontecendo.

Culturíssima: Então para o prêmio você foi convidado?

Lucas: Eu fui convidado. A produção entrou em contato e perguntou se me interessava em participar do elenco. Porque acaba sendo um elenco de humoristas em prol de um programa. Tem a história do premiar, da competição, mas é meio que um pano de fundo. Entre os participantes, não existe em nenhum momento a história de “somos rivais”. Não, é um grande time que está ali em prol de um acontecimento, que é o programa que vai para o ar. É uma vitrine. As pessoas conheciam muito o Frederico, mas não conheciam o Lucas Krug, não conheciam a minha cara. É mais uma maneira de mostrar outras facetas, levar outros personagens. Pô, levei o Fagundes para o Multishow! Eu tinha um pouco desse receio de como eles entenderim esse personagem lá. É uma brincadeira com o nosso bairrismo que as pessoas de fora também entendem, nos enxergam assim, então se torna universal. Apesar de terem piadas e situações que aqui as pessoas são mais íntimas. Por exemplo as paródias, aqui a ligação é porque se sabe de onde vem, do que estou falando. Lá, elas se tornam músicas com letras engraçadas. O efeito é o mesmo.

Lucas Krug ouvindo a opinião dos jurados no Prêmio Multishow de Humor.

Lucas Krug ouvindo a opinião dos jurados no Prêmio Multishow de Humor.

Culturíssima: Ser julgado, te incomodou?

Lucas: Eu tinha um pouco de resistência, justamente por essa questão: pô, tu vai levar o teu trabalho lá, para as pessoas ficarem dizendo se é legal ou se não é legal. Mas é muito de boa. São opiniões! Nesse momento tem que separar a tua cabeça em dois cestinhos: o que é legal e construtivo a gente coloca em um cestinho aqui, e o que não é relevante, beleza. Não tem que ficar nessa de se melindrar. Ninguém vai agradar todo mundo. Hoje eu recomendo a experiência do Prêmio. Ali é um programa de TV, então tem o entretenimento. Todo mundo fala da Natalia Klein, mas ela é a mais querida, muito acessível, muito gente boa. Eles tem que estar preocupados em ter o que o pessoal de casa quer ver. Ah, vai ter uma rusguinha? Isso funciona. Só que daí, lógico, as pessoas que gostam do teu trabalho vão se sentir ofendidas com alguma coisa. Mas foi válido, consegui mostrar o meu trabalho de uma maneira que me deixou satisfeito.

Culturíssima: Por que aqui no RS o stand up comedy não aconteceu?

Lucas: Realmente eu não sei. Até comento isso com a galera de fora, que o gaúcho não comprou o stand up. Não sei te dizer o porquê, mas realmente não comprou. Vem os caras do eixo Rio-São Paulo pra cá e as pessoas vão assistir, mas muito por serem caras conhecidos já, não por serem stand up. Lá eles fazem todos os dias da semana, tem casas e bares pra isso, e aqui não. Já vi várias tentativas de se fazer um lugar especializado, mas a impressão é que os empresários não vislumbraram que isso pode ser legal e não abraçam a causa.

Culturíssima: Já tentou fazer?

Lucas: No meu show novo, Extra & Ordinários, no primeiro número, sou eu falando de mim mesmo. Então tem uma levada um pouco stand up, mas não é minha praia. Trabalho mais com personagens, a minha vertente é teatral. Eu curto essa história de me transformar, criar uma persona. O stand up é toda uma visão particular, todo mundo escreve seus textos. Tu vê que borbulha um monte de aventureiro, mas quem fica é uma galera que tem conteúdo, tem estudo. Eu sou meio rebelde com essa coisa de rotular muito, dizer que isso pode e isso não pode, isso é teatro, isso é stand up comedy. Cara, é arte. Tu consegue chegar no público com o trabalho que está fazendo? Ok, não interessa o que é. Interessa é que é um trabalho que tu está fazendo honestamente, que tem um estudo, tem uma preparação e que as pessoas estão entendendo o que a gente quer passar.

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