Bibiana Petek volta ao 512 e fala ao site sobre o futuro de sua carreira

(foto: Tiago Demaman)

(foto: Tiago Demaman)

Desde outubro do ano passado, Bibiana Petek tem voltado com certa frequência ao Espaço Cultural 512, ali na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Depois de dois anos tocando o repertório do seu disco de estreia, Dengo (2014), a cantora e compositora volta mais uma vez à casa, no próximo sábado, 7 de maio, para fazer uma de suas últimas apresentações com este setlist. Além da banda que a acompanha desde o início da carreira, e que agora foi batizada de Instrumental Paradiso, a moça vai receber no palco a participação especial da cantora Nani Medeiros, que assim como Bibiana, é mais uma das artistas do selo Loop Discos (conheça mais no texto Minas de Ouro).

Bibiana nos explicou, em julho do ano passado, em entrevista aqui para o Culturíssima, que Dengo foi gravado descompromissadamente, sem uma banda fixa formada. Agora é diferente: Gabriel Gorski (guitarra), Will Strottmann (baixo), Lukas Porto (Bateria), Nan Santos (percussão e trombone), Kitty Poffo (sax/flauta) e Jotace (trompete), são os músicos que estão com ela desde o lançamento do disco, e formando a Instrumental Paradiso, vão participar de todo o processo que vai resultar no segundo trabalho da artista. “Comecei a notar a homogeneidade do grupo, e comecei a bater pé pra gente manter um trabalho, ensaio fixo, reescrever arranjos das músicas do disco e botar no papel o repertório de coisas não autorais que a gente gosta”, nos contou.

O novo trabalho ainda não tem nome, nem data de lançamento, mas tem uma direção muito clara. Além da plataforma digital, a intenção é que saia também em vinil: “Porque a gente escuta muito vinil e coleciona também”, explica. O disco deve ser gravado até o final do ano, e trará mais uma vez o lado autoral de Bibiana e, segundo revela a própria artista, também terá canções de Túlio Piva, A Cor do Som e Arrigo Barnabé. Além disso, a cantora confidenciou a vontade de viajar o Brasil, e esse é um projeto que pretende levar adiante, “nem que seja para passar perrengue”.

Serviço

O QUE: Bibiana Petek e banda
QUANDO: 07 de Maio (sábado), 22h
ONDE: Espaço Cultural 512 ( R. João Alfredo, 512 – Cidade Baixa, Porto)
QUANTO: R$15

Um rápido papo sobre futuro e o show no 512

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Bibiana, agora a banda que te acompanha tem nome. Como chegaram a “Instrumental Paradiso” e que isso simboliza na sequência da tua carreira?

Isso surgiu em decorrência dessa harmonia grande que rola entre eles. Poucas vezes a gente tocou com substituto, quando se fala neste grupo. Depois que o Gabriel Gorski entrou, a gente passou a régua. Eu olhei e disse: esses caras gostam de estar aqui, a gente aprende junto. Quero trabalhar com eles. Comecei a notar a homogeneidade do grupo, e comecei a bater pé pra gente manter um trabalho, ensaio fixo, reescrever arranjos das musicas do disco e botar no papel o repertório de coisas não autorais que a gente gosta. Eu quis colocar um nome pra marcar essa fase, com estar grupo, que tá sendo tão importante pra mim. Não lembro bem como o nome surgiu direito, tem a ver com o filme “Cinema Paradiso”, da década de 80.

 As minas da Loop estão super bem na cena local. Como vai ser a participação da Nani no show e como tem sido participar desse momento especial para as cantoras aqui da cidade?

 A Nani é uma grande amiga. A gente troca muita figurinha e eu me sinto feliz de tocar com ela, de ouvir aquela voz maravilhosa. É um privilégio, de verdade. Eu tenho essa grande felicidade de gostar de acompanhar cantoras, então quando isso acontece eu fico ali com a minha guitarrinha, com o coração aberto pra quem tá cantando. A mulherada tá vindo com uma força inabalável. To feliz. Isso tá rolando no mundo inteiro. A gente vai somando as lutas e abrindo a cabeça da sociedade aos poucos. Sociedade essa que duvida da mulher como artista, engenheira, motorista, empresária. Vão ter que nos engolir bonito.

Depois de dois anos trabalhando o repertório do álbum Dengo, que tem toda a aura de um disco de estreia e que circulou super bem, o que o público pode esperar do teu segundo trabalho e pra quando pode esperar? 

 No final do ano a gente vai começar a trabalhar no disco novo, que provavelmente vai sair no digital e em vinil, porque a gente escuta muito vinil e coleciona também. Eu quero fazer um financiamento coletivo pra poder subir com os meninos um pouco. É muito difícil sair daqui. A gente tá na ponta do país. E realmente isso é uma prioridade nossa agora. Mesmo que seja pra passar perrengue, entende? A gente só quer levar um pouco de música pra vida das pessoas, a gente sabe o poder benéfico que ela tem. De repertório, eu vou regravar uma do Túlio piva (“Gente da noite”, blues), um Cor do Som, um Arrigo. Tão pintando essas influências e agora que a banda se encontra na garagem toda semana, a gente tá dando arremate pra essas coisas. Teremos ainda um ou dois temas instrumentais.

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